terça-feira, 20 de maio de 2008

Cochrane

Antipsicóticos para gestantes e puérperas com psicose não-afetiva (Cochrane Review)
Webb RT, Howard L, Abel KM
Esta revisão deve ser citada como: Webb RT, Howard L, Abel KM. Antipsicóticos para gestantes e puérperas com psicose não-afetiva (Cochrane Review) (Cochrane Review). In: Resumos de Revis�es Sistem�ticas em Portugu�s, Issue 4, 2007. Oxford: Update Software.

Resumo

Objetivos
Estabelecer se os benefícios de se tomar antipsicótico compensam os riscos para gestantes ou puérperas.

Antecedentes
Os antipsicóticos são prescritos com freqüência para mulheres que sofrem de transtornos psicóticos durante a gestação e o puerpério. Os efeitos colaterais são vários e complexos, podendo afetar a mulher, o feto, o neonato, a criança até um ano de idade e o desenvolvimento precoce da criança.

Estratégia de pesquisa
Foi realizada busca no The Cochrane Schizophrenia Group's Register (janeiro/2003) para a identificação de todos os estudos publicados sobre mulheres na gestação ou no puerpério. Verificamos todas as referências de todos os estudos identificados. Se tivéssemos encontrado estudos, teríamos contatado o autor principal de cada estudo incluído.

Critério de seleção
Ensaios clínicos controlados randomizados que avaliaram os efeitos de qualquer tipo de antipsicótico comparados com qualquer outro tratamento (incluindo assistência psicossocial padrão, qualquer outro antipsicótico, ou tratamento alternativo, como tratamento eletro-convulsivo ou terapia comportamental cognitiva) em gestantes e/ou puérperas com diagnóstico de transtorno psicótico não-afetivo.

Recompilação e análise de dados
As citações e, quando possível, os resumos foram independentemente verificados por revisores. Também avaliaram-se os trabalhos obtidos e sua qualidade. Os dados seriam extraídos independentemente por pelo menos dois revisores. Os desfechos binários seriam analisados em riscos relativos com intervalos de confiança de 95%.

Resultados principais
Não encontramos estudos que preenchessem os critérios de inclusão.

Conclusões dos revisores
As diretrizes e a prática clínica atuais para o uso de antipsicóticos em mulheres com transtornos psicóticos não-afetivos durante a gestação e o puerpério não são baseadas em evidências de ensaios clínicos controlados randomizados. Embora questões éticas tenham, até o momento, impedido a condução de ensaios clínicos controlados randomizados para pesquisar esse assunto, o uso continuado de antipsicóticos nesse grupo de mulheres gera, por si mesmo, problemas médicos e éticos importantes. São necessárias evidências de estudos grandes e pragmáticos que reflitam a prática médica de rotina, examinem os vários desfechos e quantifiquem, com precisão, os riscos e os benefícios para as mães e para as crianças. Assim, poderá haver comparação entre as diferentes opções de tratamento.

http://cochrane.bvsalud.org/cochrane/show.php?db=reviews_pt&mfn=134&id=&lang=pt&dblang=&lib=CCB

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